Leituras


Como se trata do primeiro livro impresso no mundo, fica difícil alguém dizer que não leu ao menos um parágrafo ou mesmo ouviu alguém falar dela. Sem dúvidas que a Bíblia é e foi fonte de diversas histórias; além de ser premissa inspirativa de outras centenas de livros, é tida como cerne central da religião judaico-cristã. Aprendi sobre a Bíblia ou parte dela na minha mais tenra infância, catecismo católico e nas missas. Crer ou não nela é sempre uma questão pessoal que envolve uma parte muito cristalina de cada um, ou seja, não se pode ruborizar as palavras e as ideias no intuito de ridicularizar os que nela crêem. Por causa de rixas ideológicas (vai saber porquê), existe até certa resistência em alguns para conhecê-la. Ao meu ver, a existência ou não da fé numa pessoa não pode ser uma barreira para não lê-la. A Bíblia tem sim muitas histórias interessantes, reunidas numa construção literária cheia de ensinamentos para a vida. Sempre que preciso vou lá conversar com o velho, ouço suas histórias e divido com meu amigo novo as coisas que aprendemos.



Este livro foi a primeira grande obra literária que tive contato, isso aos onze anos de idade. O culpo por me jogar no vício da leitura. É uma história linda, amor, amizade, esperança e superação. Lembro-me que me via planando nos céus ao lado de Fernão Capelo, aprendendo a aperfeiçoar o voo. Só lendo mesmo, leia e tire suas próprias conclusões. Fernão Capelo Gaivota foi um livro tão importante em minha vida que de certa forma sua mensagem sempre esteve comigo, resumindo, é um livro belo. Para mim, Richard Bach escreveu esse livro para nos ensinar a buscar melhorar a cada dia, aprofundar os nossos conhecimentos de tal maneira a esgotar todas as nossas forças e acima de tudo, nunca desistir.




O Pequeno Príncipe é sem dúvida a maior prova da grandeza de imaginação gerada pela inocência que tem uma criança. Um livro simplesmente magnífico, que conseguiu unir em seu conteúdo uma filosofia de primeiríssima qualidade. Além de nos transportar e nos elevar ao mundo que desejamos, lembrando-nos que ser criança é nunca deixar de sonhar. Encantar-se com as pequenas coisas da vida é descobrir que nelas podem residir as qualidades mais nobres e belas. Este foi o segundo livro que li em minha vida e quando nos encontramos ainda era uma criança em corpo, tornou-se duplamente inesquecível. Certamente O Pequeno Príncipe é bem maior que ele próprio; foi capaz de me visitar e me fazer prosseguir (não por escolha própria, mas naturalmente) com a criança que nunca deixará de existir em mim.




Dom Quixote, bravo sonhador, o verdadeiro aventureiro que criava suas próprias batalhas. Miguel de Cervantes não sabe o bem que me fez ao escrever esse belo livro que caiu em minhas mãos na adolescência. Nunca um livro foi tão gostoso de ler. Lembro-me bem: foi com o personagem que me fez descobrir o poder e o valor da imaginação,assim também como o precioso brilho do humor em suas sandices inocentes. Dom Quixote nos mostra também a força do vício que é caracterizada na paixão pelas belas histórias de cavaleiro. E não pensem que o honrado cavaleiro vive sozinho nos mundos criados para si, Dom Quixote traz consigo um amigo eterno e inseparável, Sancho Pança, que sempre que pode tenta em vão trazê-lo de volta à vida real. Senhores se não leram este maravilhoso livro o façam. Aprendam como é especial o trato que Cervantes deu ao seu idoso cavaleiro que mais parece uma criança; belas lições que permeiam a ficção e a realidade. Para mim Dom Quixote é, incontestavelmente, o maior baluarte da literatura espanhola. Bravo, bravíssimo Dom Quixote.

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É claro que depois que peguei gosto pela leitura, fiquei refém eterno dos livros. O vício literário invadiu minha vida de vez; então eu não queria mais parar com as viagens colado ao chão. Abaixo estão alguns dos muitos títulos que fui lendo ao longo da vida, esses merecem está aqui, pois algo em mim mudou depois que os li:

Memórias Póstumas de Brás Cubas, Dom Casmurro,
Quincas Borba, A Cartomante, A Igreja do Diabo, A Causa Secreta,
A Segunda Vida, A Ela, Adão e Eva, A Mão e a Luva, O Alienista,
Contos Fluminenses e etc. (Machado de Assis)
O Rei Arthur (Frank Tompson)
A Pedra do Reino (Ariano Suassuna)
O Banquete (Diálogo de Platão)
Vidas Secas (Graciliano Ramos)
Iracema; O Guarani (José de Alencar)
Eram os Deuses Astronautas? (Erich Von Daniken) 
A Cabana (William P. Young)
A Divina Comédia (Dante Alighiere)
O Código da Vinci (Dan Brown)
Oliver Twist (Charles Dickens)
O Processo (Franz Kafka)
A Arte da Guerra (Sun Tzu)
Eneida (Vigílio)
Cecília Meireles (Poemas dos Poemas; Poesias Completas e etc) 
O Crime do Padre Amaro (Eça de Queiroz)
As Viagens de Guliver (Jhonathan Swift)

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