domingo, 27 de fevereiro de 2011

O Livro Coração

Vida de livro não é fácil. Quem olha para um livro qualquer, nem atenta para o fato das profundas transformações nas quais o coitado teve que passar para chegar a ter o anatômico formato que tem hoje; ele sempre quis nos agradar, tudo para está sempre junto de nós. Sem falar das palavras ali contidas que evoluem e ainda evoluirão de maneira sem fim. Ora, que a linguagem está sempre a evoluir, disso ninguém duvida, mas saibam que a forma de agrupá-las, ou seja, o livro, também está. Que pena que tem gente que não reconhece seu valor.

Os cientistas, por exemplo, dizem que a escrita e o texto vieram antes do livro, discordamos. Jogos de interesse e apostas no futuro revelam críticos mais severos. Esses deflagram tendências cruéis; querem destruir a sua história e essência apostando na tecnologia e quando perdem argumentos se vestem de "defensores da natureza" e tentam eliminá-lo propalando: - livro é sinônimo de árvore morta! Ora, mas já há solução para isso, como por exemplo, a reciclagem de materiais e outros. Todos esses fatos comprovam que o livro desde o remoto passado tem sofrido injustiças, tudo por nós. Ele mudou a sua forma radicalmente e às vezes, sujeitando-se a qualquer matéria-prima rústica.

Ninguém lembra que quando o homem quis perpetuar a sua escrita, veio procurar o livro e esse embora sem recurso, lhe deu suporte. Nisso, humildemente se fez de argila e pedra, dando uma plataforma aos primeiros escritores. Antes que o homem viesse reclamar da dificuldade, ele era sabedor da necessidade da evolução; como por exemplo, a portabilidade. Logo o livro mostrou que era competente, já por volta de 2,500 A.C. quando evoluiu para o cilindro de papiro.

O papiro já foi uma mudança significativa e acima de tudo um gesto de amor para com o escritor; mas o livro já sabia que vindo de uma árvore, poderia sofrer mais rapidamente a ação do tempo e as palavras escritas em si se perderiam para sempre; golpe que jamais poderia aceitar. E foi por isso que ele evoluiu e ressurgiu como pergaminho. Mais tarde, sempre pensando no escritor, veio a organiza-se em páginas, foi quando da ocasião do códex. Caso os críticos não saibam, foi graças a essa peculiar evolução do livro que obras fantásticas como a Eneida de Virgílio e a própria Bíblia Sagrada, mais tarde, veio a ganhar uma projeção maior no mundo.

Pena, mas nem tudo é belo quando a beleza não é reconhecida no valor do livro. Na Idade Média o coitado serviu de bode expiatório do fervor religioso de então; fogueiras foram acesas e as chamas consumiram muitos. É um trauma que ele jamais esqueceu, pois teve medo de perder-se para sempre sendo que poucos podiam produzi-lo. Só com a invenção da imprensa na Idade Moderna é que ele veio ter um pouco de paz.

O tempo vem passando e o homem sempre pôde contar com o seu companheiro fiel: o livro. Ele é incansável quando o assunto é doar-se ao escritor; quer ser seu parceiro para sempre. É fiel e não importa aonde a humanidade chegará, sempre poderá contar com o nobre companheiro ao seu lado. Seja como seja; nas mãos ou virtualmente, o nosso livro estará conosco, mudando conosco, evoluindo para qualquer forma e padrão. Não duvide, ele já deu provas disso.

Eternamente ligados, o livro está em nossa vida dedicando-se completamente a uma tarefa grandiosa: quer viver no serviço de comunicar, guardar nossos conhecimentos, sentimentos, experiências e erros; quer passar à geração futura tudo o que somos, ou seja, uma história sem fim.

Dizem os historiadores que tudo começou na ocasião do surgimento da escrita; concordamos, apenas divergimos no autor. Eu sei que nossa união com o livro é bem mais íntima do que parece, chega a ser divina. Não acreditam? Ora, quando Deus resolveu unir a perfeição de suas palavras, buscando refletir a essência de Seu Amor, Ele não encontrou matéria-prima sagrada o suficiente que superasse o peito nosso. E assim o fez; transformando-nos no seu primeiro Livro Coração.

(Texto tirado do meu livro Reminiscências)

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Koobits - Estante Pessoal


Olá amigos, iria eu escrever uma postagem falando de um livro que estou lendo, mas resolvi deixar isso pra depois. Hoje queria mostrar pra vocês um software muito interessante para nós que gostamos de ler e escrever. Trata-se do Koobits da Personalemotion; um programa que é capaz de criar no seu pc uma estante virtual, além de fornecer para download gratuito alguns títulos. Koobits é mão na roda para que tem um montão de e-books soltos no pc e não sabe como organizar. Não adianta ficar falando e não provar, eu realmente uso o programa, vejam a minha desktop:
O programa também lhe permite, assim como na Bookess criar a sua estante só com os seus títulos, mas antes você deve convertê-los em formato PDF(aceito pelo programa). Espero que vocês tenham gostado dessa dica. Quem quiser baixá-lo e testar se vale a pena é só clicar aqui.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Epitélio Literário - Armadura dos tempos

De que é feito um grande escritor? Como entender o que se passa em uma mente repleta de indagações e sonhos? O que ele pensa do mundo e dos outros, ou mesmo de si próprio que o tornaram eterno? Não há outra maneira de responder essas questões a não ser com uma constatação: ele deve ser lido.

Imagine que o escritor(como todos nós) tenha uma alma luminosa e que essa alma fora revestida de um manto sagrado, ou seja, a sua obra. Podemos então afirmar que essa proteção que o envolve e que faz surgir a essência de sua vida, cria em si próprio o que chamo de Epitélio Literário; é isso que o protegerá da voraz ação do suceder dos dias.

Todo escritor é composto por pequenos ou grandes fragmentos, ou seja, seus textos. Eles compõem além de uma armadura única, a sua epiderme inviolável; quanto mais notável o escritor, mais ela se torna suprema e robusta. É claro que não poderia deixar de fora desse contexto, Machado de Assis, pois sua armadura com certeza é uma das mais belas, completa e impenetrável aos golpes cruéis da amnésia humana.

Um escritor revela sua vida eterna já nas primeiras obras; uma a uma elas se juntam, fiadas noite e dia, singulares, mas unidas num mesmo objetivo: criar o epitélio literário que refletirá a alma sua.

Todo escritor é um grande guerreiro que se prepara para uma batalha diferente de todas as outras. Dia a dia, forja sua armadura inviolável que é composta unicamente de suas obras. Ele busca percorrer toda a eternidade com ela e vive num dilema constante: estará pronta para a guerra contra o tempo e o esquecimento?

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Escritor Hermafrodita

Já dizia um ditado (clichê) que um homem para completar a sua vida deve ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro. Se formos parar para analisar esse raciocínio, perceberemos que essas três ações recairão justamente em uma única palavra: a vida. E por desinência eu acrescentaria outra: mãe. Ora, há vida nos filhos, nas árvores e nos livros; assim como a mãe que os gerou. A saber: a mulher, a natureza e o escritor.
Talvez alguém venha a discordar da afirmação do caráter hermafrodita do escritor, tem todo direito de o fazer, afinal sempre um ou outro gênero quer falar mais alto (Freud explica). Fica mesmo difícil imaginar um homem engravidar de si próprio e parir nove meses depois um filho.

Deixem-me explicar essa peculiar qualidade de quem escreve; a maternidade não é faculdade única das mulheres, é também do escritor. Antes que divaguem em discussões acaloradas e sigam outros caminhos; afirmo que escrever é não só ser pai, mas a própria mãe da obra.

E como saber que a vida foi tão generosa assim com o escritor, dando-lhe essas faculdades tão peculiares? Por que Deus foi tão caprichoso lhe presenteando com dois gêneros divinos e nobres? É simples, perguntem a quem escreve:
- Como nascem seus textos, seus livros enfim? Ouvirão deles que foi num dia ou uma noite qualquer; apaixonaram-se por uma ideia fixa que foi fertilizada em sua mente pela imaginação, aflorou repleta de luzes e caminhos; o coração a alimentou, e assim continuou crescendo em sua alma.

O escritor faz das palavras o leite da vida de seus filhos; alimento único que é entregue em sua boca pura, fazendo-lhe crescer a cada dia, página por página em sua vida incerta. Algum tempo depois, não suportando mais guardar aquela vida só para si, faz nascer ao mundo o filho seu. E, agindo como pai, ainda melhor, como mãe carinhosa, o escritor deseja ao seus flhos uma vida perfeita; e é por isso que para ele nunca morrerão. E é por isso também que no dia em que ele se for, os grandes filhos, duplamente órfãos, clamarão e chorarão, tornando-o imortal.

Quem escreve e gera um livro, o faz por amor, e não é amor simplório... É divino.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Criação de Capas

Dizem que não se deve julgar o livro pela capa e nem o homem pela profissão. Acho até verdade isso. Mas não quer dizer que um livro bem escrito não possa ter uma aparência melhor diante do seu leitor. Além do mais o efeito pode surtir ao contrário também. Às vezes um livro excelente tem uma capa horrível e as pessoas acabam não lendo, e é isso o que acontece na maioria dos casos, infelizmente.

Penso que o ideal é encontrar uma harmonia entre conteúdo e capa. Neste meu outro blog, chamado de Criando Capas, existe a relação de algumas capas que criei pra mim e meus clientes.

Vá conferir, e se for o caso, talvez possa ajudar você em alguma coisa.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

ISBN

O ISBN - International Standard Book Number - é um sistema internacional padronizado que identifica numericamente os livros segundo o título, o autor, o país, a editora, individualizando-os inclusive por edição. Utilizado também para identificar software, seu sistema numérico é convertido em código de barras, o que elimina barreiras lingüísticas e facilita a sua circulação e comercialização.
Criado em 1967 por editores ingleses, passou a ser amplamente empregado tanto pelos comerciantes de livros quanto pelas bibliotecas, até ser oficializado, em 1972, como norma internacional pela International Organization for Standartization - ISO 2108 - 1972.

O sistema ISBN é controlado pela Agência Internacional do ISBN, que orienta, coordena e delega poderes às Agências Nacionais designadas em cada país. A Agência Brasileira, com a função de atribuir o número de identificação aos livros editados no país, é, desde 1978, a Fundação Biblioteca Nacional, a representante oficial no Brasil.

O fundamento do sistema é identificar um livro e sua edição. Uma vez fixada a identificação, ela só se aplica àquela obra e edição, não se repetindo jamais em outra. A versatilidade deste sistema de registro facilita a interconexão de arquivos e a recuperação e transmissão de dados em sistemas automatizados, razão pela qual é adotado internacionalmente. O ISBN simplifica a busca e a atualização bibliográfica, concorrendo para a integração cultural entre os povos.

Perguntas Sobre ISBN: AQUI Tabela de Preços: AQUI