segunda-feira, 16 de maio de 2011

O Pai das Fábulas

Era uma vez... Um escravo que se tornou um excelente escritor sem nunca ter escrito uma linha; mesmo com suas dificuldades físicas e vocais passou a contar histórias lindas envolvendo bichos da natureza, objetos e diversos outros tipos inanimados. Sua imaginação era sem igual, fabulosa, fazia sua narrativa baseada em fatos do cotidiano, mesclava elementos reais e fantasiosos numa ótica bem peculiar, dessa forma, o escravo dava lições de vida do mais humilde ao mais poderoso de seu tempo. Foi tão excelente que encantou a muitos, inclusive a um rei muito importante que soube também reconhecer o grande e incomparável talento. Sua fascinante maneira de contar histórias perpassou os séculos e mesmo sem nada está escrito em papéis, chegou até nós... E suas histórias foram felizes para sempre.

Não amigos, isso que acabei de escrever acima - embora pareça - não é uma lenda, é real. Trata-se de Esopo. O gênio da fábula viveu no século VI antes de Cristo na grécia, para muitos é considerado o pai da fábula. Sua maneira linda de unir vida e fantasia transformou a forma de contar histórias, pois ele converteu seus "textos" orais em verdadeiras lições filosóficas (diferenciadas); isso fez com que marcasse para sempre sua existência. Recomendo que os amigos procurem saber mais sobre ele, pois o escravo grego aqui citado é fonte de inspiração de diversos autores famosos, como por exemplo La Fontaine que recriou uma de suas fábulas chamando de A Cigarra e as Formigas. Vale mesmo a pena, quem quiser conhecê-lo melhor é só clicar aqui. Para mim Esopo é a prova de que a palavra tem força, vejam que suas histórias faladas foram tão marcantes que passaram de geração em geração. Abraço e espero que adotem ele como eu fiz.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Dica da Semana: Novo Blog de Artes


E ai amigos, hoje tem novidade para aqueles que escrevem (que também é uma arte) e admiram as mais diversas faces da Arte. Acabei de criar um Blog para privilegiar os artistas internacionais e principalmente nacionais. Chama-se Bruxo Surreal. Espero que gostem desse nosso mais novo espaço. Todos sejam bem-vindos.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Campanha Justiça Seja Feita



Olá pessoal, vim trazer pra vocês a Campanha Justiça Seja Feita que luta pela revisão da legislação penal, quem quiser se inscrever e participar é livre, mas antes conheçam bem a proposta.
Fonte e inscrições aqui: http://www.brasilsemgrades.org.br/ws/

P.S: falando em justiça, aproveite e leia meu livro O Advogado da Morte.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Bits da Vida Real

Véu da Guerra Fria tecido na face do mundo,
Vírus das letras que se matam em digitais,
Vida que segue dedilhando nosso utópico crer;
Falar-se-ia em códigos perfeitos – mais que perfeitos,
Infinitos caminhos das incógnitas desse viver.

Beijar-se-ão por ventura em clicks?
Sim... Há links de desejo que ecoam ilusão,
Conecte-se! Reverbere seu ser... Oh! Moribundo!
Entre nas redes que não servem para descanso,
Pelo contrário: deite-se nelas e chacine seu mundo.

Fibras e conexões da Babel antagônica dos céus,
Onde fala-se toda língua, acha-se toda agulha,
Em milionésimos segundos dos searches virtuais;
Pessoas são scraps emoticonizados e sem voz,
Buscam suas vidas nesse paraíso fugaz.

Deixar-se-ão baixar aos níveis impensáveis,
Cedendo seus passwords para todas as jornadas?
Quiçá poderemos de fato ver e aprender;
Sem mentiras, sem flashes, sem ilusões em perfis,
Encontraremos enfim o calor que outrora julgávamos ter.

Fácil é ligar-se num ledo viajar... E para quê?
Difícil é imaginar tantas bocas e olhos viciados,
Incapazes de receber neste universo surreal;
Um abraço ou toque em suas peles cibernéticas,
Dar-lhe-emos nosso tudo: bits da vida real.


Poesia cibernética: Venilton Matos

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Eutanásia - Lord Byron

Comprei um livro de poemas de Lord Byron e senti muita afinidade com sua forma afinada de crítica-catastrófica, sua maneira singular de observar as forças positivas e negativas presentes na Vida; aqui tem um exemplo de um dos seus textos carregados de ira, revolta e inconformismo pelo fim das coisas. Aqui, Lord Byron deixou claro sua profunda crise existencial. Creio eu que isso lhe atormentou toda o tempo. Espero que gostem, eu adorei.

Tradução de João Cardoso de Menezes e Souza
(Barão de Paranapiacaba).

Quando o tempo me houver trazido esse momento,
Do dormir, sem sonhar que, extremo, nos invade,
Em meu leito de morte ondule, Esquecimento,
De teu sutil adejo a langue suavidade!

Não quero ver ninguém ao pé de mim carpindo,
Herdeiros, espreitando o meu supremo anseio;
Mulher, que, por decoro, a coma desparzindo,
Sinta ou finja que a dor lhe estará rasgando o seio.

Desejo ir em silêncio ao fúnebre jazigo,
Sem luto oficial, sem préstito faustoso.
Receio a placidez quebrar de um peito amigo,
Ou furtar-lhe, sequer, um breve espaço ao gozo.

Só amor logrará (se nobre à dor se esquive,
E consiga, no lance, inúteis ais calar),
No que se vai finar, na que lhe sobrevive,
Pela vez derradeira, o seu poder mostrar.

Feliz se essas feições, gentis, sempre serenas,
Contemplasse, até vir a triste despedida!
Esquecendo, talvez, as infligidas penas,
Pudera a própria Dor sorrir-te, alma querida.

Ah! Se o alento vital se nos afrouxa, inerte,
A mulher para nós contrai o coração!
Iludem-nos na vida as lágrimas, que verte,
E agravam ao que expira a mágoa e enervação.

Praz-me que a sós me fira o golpe inevitável,
Sem que me siga adeus, ou ai desolador.
Muita vida há ceifado a morte inexorável
Com fugaz sofrimento, ou sem nenhuma dor.

Morrer! Alhures ir... Aonde? Ao paradeiro
Para o qual tudo foi e onde tudo irá ter!
Ser, outra vez, o nada; o que já fui, primeiro
Que abrolhasse à existência e ao vivo padecer!...

Contadas do viver as horas de ventura
E as que, isentas da dor, do mundo hajam corrido,
Em qualquer condição, a humana criatura
Dirá: "Melhor me fora o nunca haver nascido!"

domingo, 8 de maio de 2011

Mães da Vida

O mais belo elo divino
A mais linda flor;
Toda Mãe é seio de Vida
Toda Mãe é lar de puro amor.

O próprio Deus veio proclamá-la
Fez-lhe tabernáculo vivo do Senhor;
O Criador quis ser homem
Gerou-Se no ventre materno o louvor.

Amor de Mãe é desmedido
Suporta a violência de qualquer dor;
Se um filho cai nas mãos de um inimigo
Ela mostra sua força e furor.

A Mãe quando perde seu rebento
Derrama lágrimas angelicais;
Um sofrer tão feroz que Deus
Apressou o fim para não fazê-la sofrer mais.

Filho, beija a tua Mãe com amor
Diz à ela que cresceu, que foi seguir seu caminho;
Mas, doa-lhe teu coração porque é dela o amor teu...
...Devolve o que lhe pertence faça ela descobrir
Que das muitas coisas que teve,
- Além da própria vida - Foi o Amor de Mãe,
A mais profunda verdade que Ela lhe deu.


Com esse simplório poema, felicito não só a minha Mãe Francisca, mas todas as mães do mundo que são a maior prova do Amor Divino pela Vida. Feliz dia das Mães.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Henryk Sienkiewicz - Aniversariante do Dia

Olá pessoal, geralmente não se deve apontar o dia que se nasceu esperando assim uma surpresinha, mas a ocasião pede. Como sabem eu nasci num dia como este. Não vim aqui falar de mim, mas de um notório escritor que também nasceu nessa mesma data, na qual o admiro muito.

Henryk Sienkiewicz nasceu em 5 de maio de 1846 em Okrzejska Wola na parte Russa da Polônia. Para quem não conhece é um célebre escritor polaco autor de belas obras; Henryk ganhou prêmio Nobel de literatura em 1905; é autor de muitas obras, mas foi graças à sua consagrada Quo Vadis(ao qual recomendo que vocês conheçam) que sua projeção foi mais acentuada; seu livro foi para o cinema e virou filme. Vamos conhecê-lo melhor?

Henryk Sienkiewicz tinha uma família excêntrica, seu pai participava ativamente nas lutas revolucionárias pela independência da Polônia e esse fato com certeza marcou o espírito patriótico em suas obras. Sua mãe conseguiu bolsas de estudos e ele foi para Varsóvia sem conseguir quaisquer resultados expressivos. No entanto, seu talento como escritor foi logo descoberto. Seus primeiros trabalhos são desenhos satíricos, revelando uma forte tendência anti-social. Em 1876 ele fez uma viagem à América indo até a Califórnia, suas impressões foram publicadas em jornais poloneses tendo uma ótima aceitação pública. Foi em suas viagens que Henryk conseguiu um farto conteúdo para escrever seus livros, prova disso foi que numa delas nasceu o brilhante conto Latarnik (1882).

Após seu retorno à Polônia Sienkiewicz se dedicou aos estudos históricos no que resultou a sua grande trilogia sobre a Polônia naquele século. Ogniem mieczem [A ferro e fogo], Potop [O Dilúvio] e Wolodyjowski Pan [Pan Michael] foram publicados em 1884, 1886 e 1888, respectivamente. As novelas históricas foram seguidas por trabalhos sobre temas contemporâneos: dogmatu Bez (1891) [Sem Dogma], um estudo psicológico de um decadente homem sofisticado e Polanieckich Rodzina (1894) [Crianças do Solo], um romance de camponeses.

Em 1895, Sienkiewicz publicou seu maior sucesso, Quo Vadis, uma novela das perseguições cristãs na época de Nero. Em seus romances mais tarde ele retornou novamente para personagens históricos. Assim nasceram Cruzados(1900) que trata de um período da história medieval, a vitória dos poloneses sobre os Cavaleiros Teutônicos; Na chwaly polu (1906) [ no Campo da Glória ] é uma seqüência de sua trilogia do século XVII.

Seus últimos trabalhos Corda (1910) [ Remoinhos ] e W puszczy iw pustyni (1912) [ no deserto e selvagem ] novamente voltou a lidar com assuntos contemporâneos. Sienkiewicz foi imensamente popular; tanto que em 1900, uma assinatura nacional levantou fundos o suficiente para comprar para ele o castelo em que seus antepassados ​​viveram. A edição completa das suas obras publicadas datam de 1948-1955, cerca de sessenta volumes.

Feliz aniversário Henryk Sienkiewicz, autor de várias obras incluindo a imortal Quo Vadis.
Espero que tenham gostado de conhecê-lo.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Saia da Casca

...Tenho mil motivos, pois sou...
- Não ousarás dizer...
- Sim ouso... Eu posso em mim, vou além do que pretende teu pensar...
- Não vai... Não vá! Você não pode, jamais conseguirás! Verás tu que não...
- Chamaste-me aqui para fazer-me rir? Partirei agora mesmo, adeus então...
- Nunca! Estás aqui preso comigo sujeito! Nem tente! Não existem fendas. Sua mente e sua alma têm dono e limites, o laço está ao teu pescoço e a corda estou a puxar, se por ventura deres um passo adiante... Sufoco-te!
- Limite-se negociante vil, carcamano das rosas pueris, dos tecidos raros que vestem a tua meretriz. Não me venha permutar ilusões, vendilhão ludibriante.
- Eu irei rir da tua tez mórbida, és falso aguerrido, és vão... Não resistirás, isso não! Não se resiste minha luz e escuridão. Vou rir... Eu sempre rio, irei gargalhar de ti.
- Ora! Mesmo que feches meu olhar, ainda assim terei olhos à razão...
- Peço-te que não tenhas medo, pois foi assim que devorei muitos como tu...
- Não tenho medo das sombras revoltas de tuas pupilas rutilantes.
- Ainda que a ti viesse o fim?
- Ainda assim...
- Bem sabeis das minhas labaredas, do fogo mero que fez os eternos...
- Ora, ainda não vistes as que emanam de minh'alma? Queimá-lo-ei, olhai tuas linhas do tempo...
- Não admito prepotência! Palavras torpes evocas...
- De fato, elas são perdidas nas bocas ilusórias...
- Quero glórias, quero glórias... Bem sabes tu!
- Então vai amor meu, eleva-te aos teus céus multiformes, revela a nossa vida. Vai imo alado, erga tuas asas, voe livre criativa minha... Saia da casca!

Livro Eu Rebelião de Mim, página 23

Resultado da Promoção ContoNosso

Primeiramente queria agradecer a todos que participaram dessa promoção e congratular aqueles que além de concorrerem no sorteio se dispuseram a escrever um 4º final para o meu conto A Chave, fiquei muito feliz com o resultado, adorei os finais que li, hilários e inteligentes; isso mostra que o brasileiro é criativo mesmo nas situações mais adversas, todos estão de parabéns.

Vamos ao resultado geral:
Etapa 1 - Sorteio (prêmio: pendrive 2gb):
20 pessoas acertaram o final do conto, todas receberam um número para concorrer de acordo com a ordem da postagem dos comentários. A minha seguidora Marcélia Marcidália (dona do blog Boatos e Afins) por esse critério recebeu o nº 2 e ganhou essa etapa.
Etapa 2 - Enquete (prêmio: livro A Escolhida):
Os seguidores que escreveram a quarta opção para o conto receberam um número de acordo com a ordem dos comentários. Essa etapa foi a mais emocionante para mim, pois os concorrentes (acho eu) apelaram para seu roll de amizades e angariaram votos (isso, claro, é permitido); fiquei impressionado com a quantidade de votos da enquete 228; e novamente Marcélia Marcidália ganhou o prêmio.

Agradeço novamente a todos que participaram dessa promoção que visa fomentar a leitura, a criatividade e acima de tudo a confraternização entre nós que adoramos escrever. Um grande abraço aos meus amigos seguidores, aos que não ganharam dessa vez, aguardem que logo estarei fazendo outra promo. Sucesso para todos.

Venilton Matos.

P.S: Não esqueçam também da promoção Rumo aos 400, ótima chance de ganhar excelentes livros, click lá e participe caso ainda não esteja.