Todo escritor é um "Senhor" e como tal tem posses, tem poderes, tem servos. Sua maior riqueza está concentrada nas palavras, que lhe servem doando suas vidas, e assim lhe garantem certo "lucro" trabalhando nos campos sem fim do seu vasto pensamento. São elas que lavram a terra(página), plantam as sementes (letras), cuidam das primeiras irrigações e conjecturas das sílabas tônicas ou não; zelam de todas as variedades de fonemas. Logo nascem os verbos, artigos definidos e indefinidos, substantivos e sujeitos ocultos que se proliferam, enroscam-se à adjetivos sem fim, surgem os primeiros botões do gênero literário. O "Senhor" vem então colher suas frases, orações e assim, as coloca em caixas(parágrafos) que são inteiramente cheia e empilhadas.
O escritor - ambicioso senhor que é - deseja sempre elevar suas riquezas ao máximo, nisso anseia aumentar a produção. Eis que uma rebelião explode nas suas propriedades e as melhores palavras fogem. Na madrugada, com a cabeça passando por uma seca terrível, ele vê sua lavoura definhar. Enfim consegue capturar algumas pequenas; as prende num tronco, as faz sangrar e obriga-lhes a delatar para onde fugiram as grandes.
O pobre "Senhor" escritor, descobre da pior maneira, que está tão escravo das palavras quanto essas dele.
Venilton sábias palavras! Faço delas minhas tbm, pois concordo plenamente com seu texto. Somos senhores e senhoras, cultivando uma semente de ideia que queremos proliferar.
ResponderExcluirAdorei!
Sucesso!
Bjos
Lilo
Enfim me entenderam. Beijo e abraço Lilo.
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